País: Estados Unidos da América
Livro: As Serviçais
Autor: Kathryn Stockett
Fonte: comprado
Pontuação: 9/10
Se há
temática que me toca e enfurece é o mundo do emprego doméstico. Não, nunca fui
empregada doméstica mas de há uns anos para cá contactei com muitas e as
situações que me foram contando (exploração, não cumprimento de direitos,
demasiadas horas de trabalho não pago, acusações de roubo, humilhações, abuso
sexual,…) foram despoletando em mim uma
certa revolta…
Devorei o livro “As serviçais” (“Help” em inglês) da Kathryn Stockett e adorei. Passa-se nos EUA,
nos anos 60, e centra-se na história, principalmente, de 3 mulheres.
Skeeter é
branca, quer ser escritora mas quando acaba o curso volta para a terra-natal,
onde a mãe e as amigas só pensam em casá-la. Começa a sentir-se incomodada com
a naturalidade com que a discriminação é encarada e com o modo como o seu
círculo de “amizades” trata as empregadas.
Aibileen é uma criada negra, que foi ama de dezassete crianças, educando-as quando os pais não lhes ligavam. No entanto, quando o filho morre nada volta a ser como antes.
Minny, também criada e a melhor amiga de Aibileen, é conhecida como a empregada mais respondona da zona e começa a ganhar má fama entre as patroas. Hilly, a senhora branca líder da comunidade faz-lhe a vida negra.
Cansadas das
humilhações (coisas como casas-de-banho separadas porque negros pegam doenças
aos brancos), acusações e exploração, estas três personagens juntam-se para
escreverem um livro anónimo onde contam todas estas histórias sobre as patroas,
o bom e o mau.
Num tempo em
que as pessoas de cor eram consideradas inferiores em todos os aspectos, não
podiam frequentar os mesmos sítios dos brancos, este livro falar sobre
discriminação racial, de classe e género mas também de amizade, amor e força
para tentar mudar o que está mal.
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